Um dos cenários muito debatidos por especialistas desde o início da guerra na Ucrânia, é que Moscou poderá atacar os cabos submarinos para cortar a internet do mundo ocidental.
O cenário de um apagão total da internet é um pesadelo na Europa, uma vez que 99% da rede mundial passa por cabos submarinos. Essa perspectiva foi levantada mais de uma vez, mesmo em altos círculos militares, desde o início da crise ucraniana.
Mais de 430 cabos submarinos de internet representam alvos tentadores para quem deseja interromper a conectividade global. Muitas vezes vistos como um dos elos mais fracos da rede global, esses cabos “parecem grandes mangueiras de jardim no fundo do mar”, afirmou Tobias Liebetrau, especialista em relações internacionais e questões de segurança de TI do Instituto Dinamarquês de Estudos Internacionais.
E para quem pensa eu as constelações de internet via satélite como o Starlink da SpaceX e o Projeto Kuiper da Amazon seriam a solução definitiva do problema, fica um alerta dos especialistas do setor: Este novo tipo de infraestrutura não levaria ainda extinção dos cabos submarinos gigantes de telecomunicações.
Enquanto os cabos submarinos lidam com centenas de terabits de dados por segundo e podem conectar continentes inteiros, os sistemas de internet via satélite têm como alvo residências, empresas e comunidades em locais rurais, carentes e remotos. As redes de internet via satélite e os cabos submarinos são altamente complementares.
“Pense nas redes de satélite como rampas de acesso às rodovias, sendo as rodovias as redes submarinas”, segundo Brian Lavallée, diretor sênior da fornecedora de equipamentos de telecomunicações Ciena.
Os sistemas de satélite ainda são caros. Musk disse que a Starlink provavelmente precisaria de até US$ 30 bilhões em investimentos para se tornar um negócio viável. Já os cabos submarinos são extremamente mais baratos, o que reforça toda a preocupação em relação a todo este cenário.
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